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Mégane Passion Days

No último Sábado, dia 23/1, e como já vem sendo habitual nesta marca, a Renault organizou mais um “Passion Days” no Autódromo do Estoril...

No último Sábado, dia 23/1, e como já vem sendo habitual nesta marca, a Renault organizou mais um “Passion Days” no Autódromo do Estoril, desta feita dedicado à nova geração do Renault Mégane, a quarta em toda a carreira do modelo, que já conta mais de duas décadas como parte da gama da marca francesa.
Muito embora o novo Mégane fosse o modelo a merecer mais atenção, o programa do evento tornava possível experimentar vários Renault em diversas actividades, bem como ver (e ouvir, muito) o mais recente carro de troféu da marca do losango, o R.S. 01, numa demonstração em pista que durou perto de 1h. Mesmo decorrendo num dia em que o tempo nunca esteve seguro, o público acorreu em massa ao Autódromo, com cerca de 4000 pessoas inscritas, ¼ deste número a ter a oportunidade de dar umas voltas na pista, segundo dados oficiais.
Todos os olhos estavam postos no novo Mégane GT, a versão de topo, equipada com um motor 1.6 Turbo capaz de desenvolver 205 cavalos, caixa automática EDC de dupla embraiagem e sete velocidades, bem como o “4Control”, um sistema de quatro rodas direccionais único no segmento e que também pode ser encontrado em outros modelos Renault, caso da Espace ou Laguna III.
No entanto, os belos exemplares de cor azul partilhavam a pista com uma versão que decerto será bem mais comum de ver nas estradas nacionais: o 1.6 dCi de 130 cavalos, aqui presente na versão “GT Line”.
A Photorevvin’ conseguiu experimentar as duas motorizações, e se do primeiro apreciámos a entrega progressiva da potência e o desempenho mais apurado da caixa EDC, bem como o sublime comportamento em curva e travagem, do diesel destacamos o binário disponível, 320 Nm, o bom equilíbrio entre conforto e comportamento dinâmico e... a economia.
Com andamento que em nada contribuía para os consumos, o dCi a que tivemos acesso mostrava médias de 9 litros, tendo ainda mais de meio depósito cheio. Números muito bons tendo em conta as inúmeras voltas à pista e as constantes trocas de pilotos.
Claro que os GT ficaram com fome ao fim de umas voltas. Um pequeno preço a pagar por mais emoção ao volante.
Mesmo para quem não se inscreveu previamente para o evento, haviam razões de sobra para justificar uma ida ao Estoril. Eram várias as actividades complementares, as quais resumimos nas próximas linhas:
Slalom Renault Espace: Junte-se piso molhado, um monovolume grande e pesadão e alguns cones, e vamos ver o que o sistema de quatro rodas direccionais da Renault consegue fazer para tornar a Espace um automóvel ágil e de comportamento muito saudável tendo em conta as dimensões e a índole familiar deste modelo. Já no último Passion Days ficámos surpreendidos com a excelente dinâmica na experiência em pista, aqui surpreendemo-nos com a manobrabilidade em situações limite. Pais de família deste país, aqui está uma excelente hipótese para o próximo carro aí de casa.
Labirinto Renault Twingo: A ausência de motor sobre o eixo dianteiro e a tracção às rodas posteriores que caracteriza o novo Twingo permite uma brecagem acima da média. Somando isto às dimensões reduzidas do modelo, e temos um carro ainda mais ágil que outras propostas do mesmo segmento. A Renault, à semelhança do que fez no Passion Days de 2015, “apagou as luzes” a algumas boxes, pegou em cercas e tela preta e fez um percurso em que a velocidade só traz dissabores, uma vez que aqui importa passar em espaços que nos fariam dizer “isto não cabe aqui”. Mas cabe. Um teste de precisão muito exigente e uma das actividades mais frequentadas durante todo o dia.
Terra/Asfalto Renault Captur: “Introdução ao Rallycross” podia muito bem ser um nome alternativo para esta actividade. O Renault Captur foi a “cobaia” neste percurso colocado ao lado da recta oposta e que mistura superfícies de terra e cascalho com secções mais curtas em alcatrão, tendo em vista promover o à-vontade deste modelo em superfícies com variados graus de aderência e mostrar as vantagens de uma distância ao solo mais elevada. Muito embora constitua um desafio interessante, foi das actividades que menos público chamou neste Passion Days.
Eco Challenge Renault ZOE: Neste desafio, devagar se vai ao longe. Literalmente. Como forma de mostrar o quão económicos podem realmente ser os veículos eléctricos (questões de autonomia à parte), a Renault propunha a que se levassem os pequenos ZOE para fora do Autódromo, em direcção às estradas circundantes, com o objectivo de praticar uma condução o mais “eco-friendly” possível. No fim do percurso, o instrutor indica quanta da energia da bateria foi gasta, e o custo da viagem, ou seja, quanto é que a condução praticada retiraria à carteira do condutor, caso este fosse o proprietário. O facto do valor ser frequentemente calculado em cêntimos é um sinal de que esta alternativa aos combustíveis fósseis poderá significar também uma poupança significativa na carteira dos condutores que adquiram veículos eléctricos no futuro. A ver vamos.
Eco Challenge Mégane Sport Tourer: Um desafio em tudo semelhante ao das linhas acima, desta vez utilizando a carrinha da anterior geração Mégane. O objectivo era exactamente o mesmo, praticar uma condução o mais económica possível, mas o percurso utilizado era mais extenso, prolongando-se para a zona de Sintra. De referir que os vencedores destes dois desafios seriam mais tarde premiados com um fim-de-semana na companhia do Mégane GT.
Trial Dacia Duster 4x4: A chuva que caiu durante a madrugada anterior ao evento só veio ajudar a tornar esta actividade mais divertida e desafiante. O percurso encontrava-se muito enlameado, e a falta de tracção foi a consequência natural. No entanto, os Dacia Duster 4x4 mostraram-se mais que adequados para vencer os vários obstáculos da pequena pista de testes situada ao lado da Parabólica Ayrton Senna.
Depois da experiência em pista, esta foi para nós a actividade que mais nos deixou de sorriso na cara.
Demonstração Renault Sport R.S. 01: A mais recente arma de troféu da Renault passou pelo Estoril para dar um ar da sua graça, numa demonstração que durou cerca de uma hora. Mais que o design agressivo ou os vários apêndices aerodinâmicos, fica-nos na memória o maravilhoso som emitido pelo V6 de 500 cavalos.
E lá que o carro é fotogénico...
Temos sempre um prazer enorme em passar umas horas no Autódromo do Estoril, ainda mais quando surge a oportunidade de conduzir em pista. Apesar de alguns contratempos que não seriam expectáveis, caso do controverso sistema informático aleatório que dividia os participantes em dois grupos distintos, o que levou a que o grupo B ficasse automaticamente excluído de poder experimentar o Mégane GT, bem como, pela primeira vez, os condutores de Renaults não terem a possibilidade de estacionar os seus veículos dentro do paddock, o balanço é claramente positivo.
A grande afluência de participantes, as várias actividades ao dispôr e a possibilidade de observar um carro de competição a dar espectáculo em pista mostram que a aposta da Renault nestes eventos é mais que ganha, sendo infelizmente um exemplo que outras marcas no mercado não seguem.
Quanto a nós, muito brevemente voltamos ao Estoril, e já contamos os dias.
Até já!

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